Sinceramente não gosto de ser o entrevistado! Não abro mão de ser o entrevistador. Perguntar é uma mania que tenho. Gosto de conhecer melhor as pessoas e as histórias que elas tem pra contar. Recebi o convite do Flávio Ricco, do Canal 1, UOL. O Ricco é um dos críticos de televisão mais respeitados do país. Não pude recusar o convite e falei sobre temas que muitos vocês tinham curiosidade em saber. Parabéns ao Gilvan, da equipe Canal 1, pela elaboração das questões.
Espero que gostem.
Em entrevista ao "Canal 1", o âncora do "SBT Rio", Luiz Bacci, revelou detalhes da sua trajetória como jornalista e apresentador da emissora.
Paulista de Mogi das Cruzes, Bacci, 24, falou ainda sobre a sua saída do programa "Fantasia" no segundo dia de exibição; sobre a concorrência com Globo e Record e sobre o sucesso do telejornal local em que apresenta atualmente no Rio de Janeiro.
A entrevista:
Canal 1 - No SBT desde 2006, você chegou a apresentar o "Fantasia" ao lado de Helen Ganzarolli, mas foi afastado no segundo dia de apresentação. Qual foi o motivo alegado pela direção? A sua saída repentina o deixou chateado?
Luiz Bacci - O SBT decidiu reativar a produção do "SBT Repórter" e precisava de alguém com o perfil mais descontraído para começar as produções.
Então, deixei o "Fantasia" e fui para a Europa gravar o primeiro
programa inédito da nova temporada. Senti apenas a falta do convívio diário com os amigos que deixei no "Fantasia".
C1 - E como foi estar à frente do "Aqui Agora" e do "SBT Brasil"?
L B - O "Aqui Agora" foi o primeiro programa jornalístico que
apresentei em rede nacional. Trabalhei com profissionais que
construíram um novo padrão de jornalismo no país e isso foi um
aprendizado. Hoje, me sinto mais preparado para apresentar o "SBT Brasil" ou o "Jornal do SBT". É muita responsabilidade estar entre os apresentadores de um dos telejornais de maior credibilidade do país. De qualquer maneira, o meu foco é o "SBT Rio" que tem conseguido resultados muito bons.
C1 - E por falar no "SBT Rio", você o apresenta há oito meses. Como ficou sabendo da sua transferência para a "Cidade Maravilhosa"?
L B - Recebi o convite da direção da emissora na primeira semana de março. Dez dias depois, assumi a apresentação do "SBT Rio". Hoje, disputamos a vice-liderança com a Record e, às vezes, batemos a Globo. A maior dificuldade, sem dúvida, é brigar com o império que as duas principais concorrentes montaram no Rio de Janeiro.
C1 - O sucesso do "SBT Rio" fez com que executivos da emissora pensassem num jornalístico nos mesmos moldes aqui, em São Paulo. Qual é a sua visão sobre o assunto? Alguém o sondou sobre a possibilidade?
LB - Eu não escondo meu desejo de apresentar um jornal como o "SBT Rio" em São Paulo. Acho que seria uma forma do SBT se aproximar ainda mais da população. Já ouvi muitos comentários sobre a possível criação do telejornal e a especulação do meu nome para apresentá-lo. Eu fico lisonjeado por fazer parte de um projeto que deu tão certo no Rio de Janeiro e criou um novo modelo de jornalismo regional no SBT.
C1 - Acredita que a emissora tenha poucos telejornais?
LB - Hoje temos pelo menos cinco telejornais em cada estado. Sendo quatro nacionais e um local [diários]. Em algumas emissoras do SBT, o número salta para seis e até sete. Mas ainda há mais espaço para jornalismo no SBT. Acredito que um jornal popular seria um sucesso entre os telespectadores da emissora.
C1 - E só para concluir a nossa conversa: existe diferença na sensação de estar à frente da Globo ou da Record?
LB - Nossa briga com a Record é ponto a ponto. É a nossa concorrente direta e respeito muito o trabalho dela. Agora, ganhar da TV Globo, na cidade sede da emissora, é inexplicável.